segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Trabalho

Trabalhar é preciso. Não somente para satisfazer a alma e servir de bússola que nos orienta a uma direção na vida. Mas, aqui trabalhar é realmente preciso. Não tendo um apoio de papai e mamãe fica impossível fugir da necessidade de ter um salário (no caso daqui semanal) que cubra as despesas que geramos todos os dias.

Nem sempre trabalhamos com aquilo que nos faz felizes e aqui essa frase é uma regra, pelo menos comigo. Não trabalhamos com aquilo que nos faz felizes e temos que fazer com que o trabalho que definitivamente não nos fará felizes não nos faça miseráveis.


Todos os problemas que existem em qualquer emprego também existem. A grande diferença é que esses problemas terão que ser lidados com o maior equilíbrio psicológico que nós pudermos encontrar dentro de nos mesmo pois, precisamos de nossos empregos. Ele nos proporciona desde o lugar onde moramos até o que comemos e onde vamos, ou seja, tudo.


Mas, nem tudo é tão ruim. Das coisas ruins aprendemos a sermos mais humanos e pacientes. Podemos até não perceber essa mudança agora, mas com toda a certeza ela será visível para nós em um futuro próximo quando estivermos diante de alguma situação de nossas vidas.


Fazer faxina não é ruim, hoje eu vejo isso depois de meses, ruim é como o ser humano valoriza as coisas mais superficiais e essa superficialidade faz você achar que é feliz ou não.


Não estou dizendo que virei Buda, ou santa ou uma monge. Ainda sinto uma graaaaande e imensa vontade de acabar com essa vida de limpeza. é só que eu cheguei a conclusão que ela pode ser mais fácil ou mais difícil do que parece. Tudo depende de como você se sente por dentro.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Amigos...

A amizade é um fio fino e delicado que se leva um tempo pra tecer. É um sentimento desinteressado e puro. A amizade de verdade fica feliz com as conquistas do próximo e está sempre ao lado pro que der e vier.




Aqui eu aprendi, denovo, pois não me considero a melhor pessoa do mundo pra fazer amigos, que fazer amigos é um dom que eu não desenvolvi. Ou esqueci. Todos nós somos capazes de conhecer gente, fazer colegas, turma que faz uns churrasquinhos mas, amigos que desinteressadamente querem saber como você está ou apenas passam na sua casa pra fazer nada juntos, é um troço mais complicado.





Sabe aquelas pessoas que se você não falar durante uma ou duas semanas e quando encontra parece que não foram 2 dias? Ou então aquelas que sabem pelo seu olhar que você não está bem e fazem questão de saber o que é? Aquela pessoa que, as vezes, sabe algo acontece pela maneira como você disse oi? (e essa pessoa não tem nenhuma ligação sanguínea ou familiar com você) Tenho pessoas assim para chamar de amigos. Me orgulho muito dos meus amigos. Eles são parte de mim que ficou no Brasil.




Todos os dias eu penso que queria um dos meus amigos aqui por perto. A depender do momento eu quero todos. Aquele dia que eu não tenho muito o que fazer e só queria sentar ali no café da esquina pra fofocar. O dia que saio pra comprar roupas. O dia que vou sair pra aquela boate que todo mundo fala. A última viagem que fiz... Tantas coisas, tantos lugares, tantas vontades...


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Família...

Cresci em uma família grande. Aquela confusão quando todo mundo se encontra, os gritos, as risadas, as brigas, as discussões, momentos de total descontração ou de tensão. Momentos de família. Já tive a minha fase rebelde, de achar que tudo isso era a mais pura besteira. Quando viajei estava na minha fase mais plena com a família. Havíamos passado por algumas grandes dificuldades e isso nos fez mais unidos. Acho que é por isso que pra mim, aqui de longe, tudo isso tem um gostinho tão diferente.


É como se tivessem colocado o pirulito na boca da criança e derrepente tirado. Estava sentindo o aconchego e a vontade real de estar em família e fazer disso algo cada vez mais sólido, quando chegou a hora de vir e cá estou eu. E é aí que eu percebo a família de uma maneira diferente.


Estava conversando com Peu, em uma das nossas centenas de divagações a respeito das grandes modificações as quais nos submetemos, e visualizamos a nossa percepção de família muito diferente. Coisas que antes pareciam muito simples e automáticas como acordar e ver aquela pessoa (mãe, pai e irmãos) parece agora tão importante e valorizado. E a sensação de que não dávamos o devido valor ou de que queremos rapidamente recuperar o tempo perdido é instantânea. Ou nem sei se é bem isso... Não sei descrever...


São os pequenos momentos, hábitos, as reações e qualquer outra lembrança que nos carrega pra essa nova percepção de quanto foi importante a família na formação daquilo que nos tornamos e podemos ver que isso se estende as nossas decisões e ações tão longe dela. Achávamos que éramos nós mesmos até perceber que somos resultado da interação com a família que nos criou.


A saudade dessas pessoas tão especiais só fica maior e o que nos faz sentir melhor é saber que daqui a um tempo essa saudade será uma lembrança e se tornará uma grande bagagem que carregaremos por toda vida.







Longe de casa...


Já fazem 8 meses que estou longe de casa. Achava que seria mais fácil. Não sei se essa é a sensação de todos que sonham em viajar bastante na vida, daqueles que esse é o grande sonho e o grande impulso de viver, mas eu realmente achava que estar longe de casa seria tão fácil quanto respirar. É claro que sentia aquele friozinho na barriga e que pensava comigo mesma "ah! deve ser difícil", só que nem por um segundo eu imaginava que seria o que realmente é.


Aqui eu já vivi experiências que jamais seriam possíveis de viver se não estivesse sozinha (sem a minha família), porque na verdade eu nunca estou sozinha, tenho ao meu lado o meu grande companheiro, Pedro, que se mostrou muito mais forte do que eu (grande surpresa pra mim).


Existem diversos factores que fazem você se descobrir mais forte do que realmente achava que era e existem também pontos, lados, faces da minha vida que antes eram apenas tudo aquilo que me tornaram o que eu era e que depois de todo esse tempo me fizeram ser mais do que o que eu sou agora. Complicado e difícil de definir e fazer vocês entenderem, muito difícil. O que quero dizer é que agora, esses aspectos de mim são coisas completamente diferentes, eles singularmente tem uma extrema importância naquilo que me faz quem eu sou. não que não tivessem antes. A diferença é que agora posso definir esses aspectos.


Comecei a me conhecer melhor.


Acho que ao passar por grandes mudanças a gente se torna várias "coisas". Essas "coisas" fazem a gente ser quem a gente é. Por exemplo: família, é a base de tudo, a base que nos torna o ser humano que somos, mas essa base se tona mais sólida, visível, aparente para nós do que era antes. E acho que começarei tudo por esse tópico. Família. Para mim antes era uma coisa só, agora é algo completamente diferente.