quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Família...

Cresci em uma família grande. Aquela confusão quando todo mundo se encontra, os gritos, as risadas, as brigas, as discussões, momentos de total descontração ou de tensão. Momentos de família. Já tive a minha fase rebelde, de achar que tudo isso era a mais pura besteira. Quando viajei estava na minha fase mais plena com a família. Havíamos passado por algumas grandes dificuldades e isso nos fez mais unidos. Acho que é por isso que pra mim, aqui de longe, tudo isso tem um gostinho tão diferente.


É como se tivessem colocado o pirulito na boca da criança e derrepente tirado. Estava sentindo o aconchego e a vontade real de estar em família e fazer disso algo cada vez mais sólido, quando chegou a hora de vir e cá estou eu. E é aí que eu percebo a família de uma maneira diferente.


Estava conversando com Peu, em uma das nossas centenas de divagações a respeito das grandes modificações as quais nos submetemos, e visualizamos a nossa percepção de família muito diferente. Coisas que antes pareciam muito simples e automáticas como acordar e ver aquela pessoa (mãe, pai e irmãos) parece agora tão importante e valorizado. E a sensação de que não dávamos o devido valor ou de que queremos rapidamente recuperar o tempo perdido é instantânea. Ou nem sei se é bem isso... Não sei descrever...


São os pequenos momentos, hábitos, as reações e qualquer outra lembrança que nos carrega pra essa nova percepção de quanto foi importante a família na formação daquilo que nos tornamos e podemos ver que isso se estende as nossas decisões e ações tão longe dela. Achávamos que éramos nós mesmos até perceber que somos resultado da interação com a família que nos criou.


A saudade dessas pessoas tão especiais só fica maior e o que nos faz sentir melhor é saber que daqui a um tempo essa saudade será uma lembrança e se tornará uma grande bagagem que carregaremos por toda vida.







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